O poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage é de origem portuguesa: nasceu em Setúbal no dia 15 de setembro de 1765.
Até aos 10 anos estudou em casa com a ajuda da mãe e professores particulares
Aos 10 anos ficou sem mãe e a sua educação foi confiada aos cuidados de um padre espanhol que lhe ensinava latim. O pai ensinava língua francesa
Aos 16 anos alistou-se voluntário no regimento de infantaria de Setúbal
Aos 18 anos foi para Lisboa para a companhia de guarda-Marinhas
Desde muito novo que revelou o seu espírito mundano e boémio
Dotado de grande poder de improvisação e por um mordaz espírito crítico já tem fama , em Lisboa, de poeta
Aos 21 anos embarcou para a Índia (esteve no Rio de janeiro, Goa, Damão, Macau em cuja viagem sofreu um naufrágio)
Em 1790 (quase com 25 anos) é reenviado de Macau para Portugal pelo próprio Governador
De novo em Lisboa volta à boémia desregrada e vive da caridade dos amigos, mas continua a escrever
Um ano depois publica a 1ª edição das "Rimas" e é convidado a entrar para a academia literária conhecida pela Nova Arcádia onde passou a usar o nome poético "Elmano Sadino". Assim começa a sua vida oficial de poeta
Incapaz de controlar a sua agressividade, de refrear o orgulho do seu valor de grande poeta, em breve se indispõe com os companheiros académicos
Canta a liberdade impulsionado com o que se passava em França e vem a ser preso pela Polícia do estado, por ser autor de "papéis ímpios, sediciosos e críticos"
É entregue à Inquisição e fica preso durante 3 meses
É transferido para o mosteiro que os padres oratorianos tinham nas Necessidades, em Lisboa e já tinha 33 anos
Com estes recolhimentos forçados entrega-se ao trabalho compondo e traduzindo Ovídio, poemas épicos de Voltaire, Tasso e outros
Posto em liberdade Bocage tem, pela primeira vez, casa própria, vive com a irmã e sustenta os dois fazendo traduções, agradecimentos para peças e atores em voga e, claro, a sua poesia que ele dominava, em todos os aspetos, pela sua excecional riqueza expressiva, presente na escolha do vocabulário, na invenção da imagem, na estrutura da frase, na música do verso.
Bocage desenvolveu todos os géneros: sonetos, idílios, canções, epístolas, odes
Bocage ficou, na tradição, como um folgazão chocarreiro, mas na realidade foi um homem permanentemente angustiado
Em 1805, com 40 anos, Bocage morre de um tumor sanguíneo no coração
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