Nota O texto é da Wikipédia (adaptado) As fotos são pessoais e colocadas aleatoriamente O que é o Gerês? Trata-se de uma área protegida de Portugal com autonomia administrativa, financeira e capacidade jurídica criada no ano de 1971, no meio ambiente da Peneda-Gerês. Situa-se no extremo norte de Portugal, na zona raiana entre Minho , Trás-os-Montes e a Galiza . O seu perímetro territorial abrange todo o vasto território florestal que se estende desde a Serra da Peneda até à Serra do Gerês . Em Portugal abrange os distritos de Braga (concelho de Terras de Bouro ), Viana do Castelo (concelho de Melgaço , Arcos de Valdevez e Ponte da Barca ) e Vila Real (concelho de Montalegre ), numa área total de cerca de 70 290 hectares, [ 2 ] É recortado por dois grandes rios: o Rio Lima e o Cávado. Esta região transfronteiriça oferece...
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Os Lusíadas
Teste nº 2
Canto I
O Concílio dos deuses
Perguntas/ sugestões de respostas sobre as Estâncias 19-23
19
Já no largo oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Já no largo oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas,
Que do gado de Proteu são cortadas.
gado= os peixes
Proteu=divindade marinha, guardava os peixes
Proteu=divindade marinha, guardava os peixes
20
Quando os Deuses no Olimpo luminoso,
Quando os Deuses no Olimpo luminoso,
Onde o governo está da humana gente
Se ajuntam em consílio glorioso,
Sobre as cousas futuras do Oriente,
Sobre as cousas futuras do Oriente,
Pisando o cristalino Céu fermoso,
Vem pela Via Láctea juntamente,
Vem pela Via Láctea juntamente,
Convocados, da parte de Tonante,
Pelo neto gentil do velho Atlante.
Pelo neto gentil do velho Atlante.
Olimpo=monte nos Balcãs, habitação dos deuses.
consílio=Conselho.
Tonante=Júpiter, deus do trovão e divindade suprema.
Tonante=Júpiter, deus do trovão e divindade suprema.
neto do velho atlante=Mercúrio, mensageiro dos deuses.
21
Deixam dos Sete Céus o regimento,
Que do poder mais alto lhe foi dado,
Alto Poder, que só c'o pensamento
Deixam dos Sete Céus o regimento,
Que do poder mais alto lhe foi dado,
Alto Poder, que só c'o pensamento
Governa o Céu, a Terra e o Mar irado.
Ali se acharam juntos num momento
Os que habitam o Arcturo congelado
E os que o Austro tem e as partes onde
Os que habitam o Arcturo congelado
E os que o Austro tem e as partes onde
A aurora nasce, e o claro sol se esconde.
regimento=governo.
Alto Poder=poder divino (de Júpiter).
Arcturo congelado=Norte, Árctico.
Austro=Sul
partes onde a aurora nasce e o claro Sol se esconde=Oriente e Ocidente.
22
Estava o Padre ali, sublime e dino,
Que vibra os feros raios de Vulcano,
Estava o Padre ali, sublime e dino,
Que vibra os feros raios de Vulcano,
Num assento de estrelas cristalino,
Com gesto alto, severo e soberano;
Do rosto respirava um ar divino,
Que divino tornara um corpo humano;
Do rosto respirava um ar divino,
Que divino tornara um corpo humano;
Com ua coroa e ceptro rutilante,
De outra pedra mais clara que diamante
De outra pedra mais clara que diamante
Padre= pai (Júpiter)
dino=digno
que vibra os feros raios de Vulcano= vulcano, filho de Jupiter, forjava os raios que o pai arremessava.
ua=uma
23
Em luzentes assentos, marchetados
De ouro e de perlas, mais abaixo estavam
Em luzentes assentos, marchetados
De ouro e de perlas, mais abaixo estavam
Os outros Deuses, todos assentados
Como a Razão e a Ordem concertavam
Como a Razão e a Ordem concertavam
Precedem os antigos, mais honrados,
Mais abaixo os menores se assentavam;
Mais abaixo os menores se assentavam;
Quando Júpiter alto, assi dizendo,
Cum tom de voz começa, grave e horrendo:
Cum tom de voz começa, grave e horrendo:
Pergunta nº 1
Divide o texto em partes lógicas e indica o assunto de cada uma delas.
Sugestões de resposta
O texto divide-se em 3 partes lógicas.
Primeira parte: 1ª estância até ao 4º verso da segunda: "Já no largo (...) cousas futuras do Oriente". São evidenciadas as circunstâncias e o ambiente em que a armada portuguesa prosseguia, através do Oceano, na altura em que os deuses se iam reunir em concílio.
Segunda parte: os restantes versos da segunda estância e toda a estância 21: "Pisando o cristalino(...)claro sol se esconde". Trata-se da partida dos deuses das diversas regiões do Céu e a sua chegada ao lugar onde se realizaria o concílio.
Terceira parte: as duas últimas estrofes: "Estava o Padre(...)começa grave e horrendo". Ia realizar-se o concílio e o poeta faz a descrição do assento de Júpiter, da sumptuosidade com que ele se apresenta sentado num plano superior; a distribuição dos outros deuses pela sala, num plano inferior e dispostos hierarquicamente: os mais antigos sentados mais próximo de Júpiter e os outros, em lugares sucessivamente mais baixos, de acordo com a importância de cada um.
Pergunta nº 2
Com base na 2ª e 3ª partes do texto indica as expressões que caraterizam os deuses e indique a intenção do poeta ao imprimir-lhes um ar de sublime nobreza
Sugestões de resposta
O poeta carateriza os deuses através de expressões que os apresentam como seres superiores, respeitados e temidos pelos homens. Júpiter é: "o Tonante, (...) o Padre sublime e dino (...) com gesto alto, severo e soberano/, do rosto respirava um ar divino(...), Júpiter alto, grave e horrendo". Mercúrio, o mensageiro dos deuses, é caraterizado na sua simpática presteza e resistente velocidade: "o neto gentil do velho Atlante” (Velho Atlante=Mercúrio). Os deuses são, ainda, caraterizados pelos ricos ambientes que pisam, pela maneira de vestir e pela grandeza das regiões que dominam: vêm "pisando o cristalino céu formoso(...) deixam dos Sete Céus o regimento/ que do poder mais alto lhes foi dado(...) num assento de estrelas cristalino (...) "com ua coroa e cetro rutilante,/ de outra pedra mais clara que diamante (referência a Júpiter) / "Em luzentes assentos, marchetados/ de ouro e de perlas(...)". Todas estas expressões nos revelam os deuses como seres superiores aos homens, imponentes no aspeto e nos ambientes que frequentam. Esta importância está de acordo com a função do maravilhoso n'Os Lusíadas: uma alegoria de enaltecimento dos feitos portugueses que, por ação dos deuses, adquiriram uma grandeza transcendente. A sublime majestade dos deuses reflete-se na sublimidade dos feitos portugueses.
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