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Portugal - Parque Nacional da Peneda-Gerês

Nota O texto é da Wikipédia (adaptado) As fotos são pessoais e colocadas aleatoriamente O que é o Gerês? Trata-se de uma área protegida de Portugal  com autonomia administrativa, financeira e capacidade jurídica  criada no ano de 1971, no meio ambiente da Peneda-Gerês.  Situa-se no extremo norte de Portugal, na zona raiana entre   Minho ,   Trás-os-Montes   e a   Galiza . O seu perímetro territorial abrange todo o vasto território florestal que se estende desde a   Serra da Peneda   até à   Serra do Gerês .  Em Portugal abrange os distritos de   Braga   (concelho de   Terras de Bouro ),   Viana do Castelo   (concelho de   Melgaço ,   Arcos de Valdevez   e   Ponte da Barca ) e   Vila Real   (concelho de   Montalegre ), numa área total de cerca de 70 290 hectares, [ 2 ]   É recortado por dois grandes rios: o Rio Lima e o Cávado.  Esta região transfronteiriça oferece...

Os Lusíadas- Batalha de Aljubarrota-Teste com perguntas e sugestões de respostas

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Coleção
 Aprender é fácil

                      Contém 38 perguntas e as respetivas resposta  e 33 poesias com análise ideológica e formal

(Portuguese Edition) eBook Kindle

cilamatos é o pseudónimo de Licínia Matos 

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal 

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 Os Lusíadas


Teste nº5
Estâncias
28
"Deu sinal a trombeta Castelhana,
Horrendo, fero, ingente e temeroso;
Ouviu-o o monte Artabro, e Guadiana
Atrás tornou as ondas de medroso;
Ouviu-o o Douro e a terra Transtagana;
Correu ao mar o Tejo duvidoso;
E as mães, que o som terríbil escutaram,
Aos peitos os filhinhos apertaram.
Explicação
A trombeta dos castelhanos tocou horrivelmente para combate. O seu som ouviu-se por todo o país. O próprio Tejo pareceu fugir de terror para o mar e as mães, ouvindo-o, apertaram os filhos contra o peito.
29
"Quantos rostos ali se vêem sem cor,
Que ao coração acode o sangue amigo!
Que, nos perigos grandes, o temor
É maior muitas vezes que o perigo;
E se o não é, parece-o; que o furor
De ofender ou vencer o duro amigo
Faz não sentir que é perda grande e rara, D
os membros corporais, da vida cara.
Explicação
Quantos rostos pálidos, por o sangue correr para o coração , porque o medo, nos grandes momentos, é quase sempre maior do que o perigo! e, se o não é, parece pois a fúria de combater o inimigo costuma fazer esquecer o valor da vida.
30
"Começa-se a travar a incerta guerra;
De ambas partes se move a primeira ala;
Uns leva a defensão da própria terra,
Outros as esperanças de ganhá-la;
Logo o grande Pereira, em quem se encerra
Todo o valor, primeiro se assinala:
Derriba, e encontra, e a terra enfim semeia
Dos que a tanto desejam, sendo alheia.
Explicação
Começou o combate. A primeira ala de ambos os exércitos movimentou-se. Combatia-se para defender a pátria e por ambição de conquista. O primeiro a distinguir-se foi o grande Nuno Álvares (Pereira), matando os castelhanos, enchendo a terra com os seus corpos.
31
"Já pelo espesso ar os estridentes
Farpões, setas e vários tiros voam;
Debaixo dos pés duros dos ardentes
Cavalos treme a terra, os vales soam;
Espedaçam-se as lanças; e as frequentes
Quedas coas duras armas, tudo atroam;
Recrescem os amigos sobre a pouca
Gente do fero Nuno, que os apouca.
Explicação
Voavam grandes farpas, setas, muitos tiros. Tremia a terra debaixo das patas dos cavalos. As quedas dos cavaleiros faziam grande ruído. Os castelhanos, então correram velozmente em direção os poucos soldados de Nuno Álvares que os ia matando.
32
"Eis ali seus irmãos contra ele vão,
(Caso feio e cruel!) mas não se espanta,
Que menos é querer matar o irmão,
Quem contra o Rei e a Pátria se alevanta:
Destes arrenegados muitos são
No primeiro esquadrão, que se adianta
Contra irmãos e parentes (caso estranho!)
Quais nas guerras civis de Júlio e Magno.
Explicação
Nesta batalha Nuno Álvares (coisa horrível) viu os seus dois irmão combaterem contra ele. Mas não se admirou, porque era menos grave, querer matar um irmão, do que combater contra o rei e contra a pátria. Muitos outros renegados vinham no primeiro esquadrão (combater) contra irmãos e parentes. Estranho caso, semelhante ao que sucedeu na guerra civil entre César e Pompeu.
33
"Ó tu, Sertório, ó nobre Coriolano,
Catilina, e vós outros dos antigos,
Que contra vossas pátrias, com profano
Coração, vos fizestes inimigos,
Se lá no reino escuro de Sumano
Receberdes gravíssimos castigos,
Dizei-lhe que também dos Portugueses
Alguns tredores houve algumas vezes.
Explicação
Sertório, Coriolano e Catilina, e outros dos antigos, quando morreram foram castigados por serem inimigos da pátria, também têm a seu lado alguns traidores portugueses.
34
"Rompem-se aqui dos nossos os primeiros,
Tantos dos inimigos a eles vão!
Está ali Nuno, qual pelos outeiros
De Ceita está o fortíssimo leão,
Que cercado se vê dos cavaleiros
Que os campos vão correr de Tetuão:
Perseguem-no com as lanças, e ele iroso,
Torvado um pouco está, mas não medroso.

Explicação
Os portugueses foram os primeiros a ir combater e outros tantos dos inimigos correram para eles. Alí estava Nuno (Álvares P.) como o terrível leão de Ceuta ao ver-se cercado pelos cavaleiros de Tetuão e que perseguido por lanças, o irritam e perturbam, mas não intimidam.
35
"Com torva vista os vê, mas a natura
Ferina e a ira não lhe compadecem
Que as costas dê, mas antes na espessura
Das lanças se arremessa, que recrescem.
Tal está o cavaleiro, que a verdura
Tinge co'o sangue alheio; ali perecem
Alguns dos seus, que o ânimo valente
Perde a virtude contra tanta gente.
Explicação
Olha para eles perturbado, mas a sua fúria natural e a cólera não o fazem fugir; pelo contrário arroja-se às lanças; assim estava Nuno, que tingia a verdura com o sangue dos inimigos; mas morreram alguns portugueses, porque não havia força possível contra tantos (inimigos).
36
"Sentiu Joane a afronta que passava
Nuno, que, como sábio capitão,
Tudo corria e via, e a todos dava,
Com presença e palavras, coração.
Qual parida leoa, fera e brava,
Que os filhos que no ninho sós estão,
Sentiu que, enquanto pasto lhe buscara,
O pastor de Massília lhos furtara.
Explicação
D. João I afligiu-se com o aperto em que estava. Nuno, porque, sendo chefe admirável, via tudo e acudia a tudo. Como a feroz leoa, mãe, ao sentir que os filhos que deixou, no ninho, enquanto procurava alimento para eles, eram roubados pelo caçador de Massília.
37
"Corre raivosa, e freme, e com bramidos
Os montes Sete Irmãos atroa e abala:
Tal Joane, com outros escolhidos
Dos seus, correndo acode à primeira ala:
-"Ó fortes companheiros, ó subidos
Cavaleiros, a quem nenhum se iguala,
Defendei vossas terras, que a esperança
Da liberdade está na vossa lança.
Explicação
Corre com ira, a rugir, abalando as montanhas com os rugidos; assim D. João I correu com a flor do seu estado maior até à primeira ala, gritando: “Ó valentes sem igual, defendei a vossa pátria, a liberdade dela , depende das vossas armas.
38
-"Vedes-me aqui, Rei vosso, e companheiro,
Que entre as lanças, e setas, e os arneses
Dos inimigos corro e vou primeiro:
Pelejai, verdadeiros Portugueses!"-
Isto disse o magnânimo guerreiro,
E, sopesando a lança quatro vezes,
Com força tira; e, deste único tiro,
Muitos lançaram o último suspiro.
Explicação
Vedes, como eu, um Rei, estou aqui como vosso camarada, o primeiro a guerrear, entre lanças, setas e arneses. Guerreai, verdadeiros Portugueses. Dizendo isto 4 vezes lança a arma e, neste único golpe, matou muitos inimigos.


Questionário / sugestões de respostas

Pergunta nº 1
Indica o Canto de Os Lusíadas a que pertence este excerto e a que se refere.

Sugestões de resposta
Canto IV
 Batalha de Aljubarrota

Pergunta nº 2
Indica o tema e seu desenvolvimento

Sugestões de resposta
Tema 
Descrição da Batalha de Aljubarrota.

Desenvolvimento
O texto pode dividir-se em 2 partes lógicas.

 Primeira parte
Introdução
Estâncias 28-29
 O poeta mostra o terrível efeito que o sinal lançado pela trombeta castelhana, para o início da batalha, provocou nas pessoas e na natureza.

Segunda parte
Descrição pormenorizada da batalha
Estâncias 30-38 
 O movimento
O barulho
A referência à traição dos irmãos de Nuno Álvares Pereira porque lutavam ao lado dos castelhanos contra Portugal
O comentário do poeta
A ação de D. João I que estimula os portugueses a lutar pela pátria, não só através de palavras, mas também, da ação


Pergunta nº3
 Indica recursos estilísticos presentes na estância 28 e o seu valor expressivo

Sugestões de resposta

Adjetivos expressivos
"horrendo, fero, ingente, temeroso"
 
O poeta usa estes adjetivos para pôr em evidência que o sinal de combate dado pelos castelhanos para dar início à batalha, transmitia muito medo.

 Personificação
"Ouviu-o o monte Artabro, e Guadiana / Ouviu-o o Douro e a terra Transmontana"
 Os montes e os rios  são apresentados como seres humanos, com capacidade para terem  a faculdade de ouvir que revelam sentimentos de medo perante o som terrível da trombeta castelhana

Hipérbole
o "Guadiana/ Atrás tornou as ondas de medroso" e o Tejo "correu ao mar...duvidoso".
Este exagero atribuído à reação do rio Guadiana e ao rio Tejo revelam o imenso medo que os portugueses sentiram perante o início da batalha dos castelhanos contra os portugueses.

Pergunta 4




Diz qual a intenção da estrofe 33, no contexto da descrição da batalha

Sugestões de resposta
Transmitir a emoção do Poeta perante a traição dos dois irmãos de Nuno Álvares Pereira porque traíram a sua pátria ao lutarem contra o irmão, ao lado dos castelhanos.

O meio utilizado pelo Poeta para transmitir a sua revolta perante o "caso feio e cruel" dos dois irmãos e evidenciar a bravura e patriotismo de Nuno Álvares Pereira foi recorrer à figura de estilo, chamada apóstrofe: "Ó tu, Sertório, ó nobre Coriolano...e vós outros dos antigos" dirigida a nobres traidores, pois também eles, no seu tempo, traíram a pátria.

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