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Portugal - Parque Nacional da Peneda-Gerês

Nota O texto é da Wikipédia (adaptado) As fotos são pessoais e colocadas aleatoriamente O que é o Gerês? Trata-se de uma área protegida de Portugal  com autonomia administrativa, financeira e capacidade jurídica  criada no ano de 1971, no meio ambiente da Peneda-Gerês.  Situa-se no extremo norte de Portugal, na zona raiana entre   Minho ,   Trás-os-Montes   e a   Galiza . O seu perímetro territorial abrange todo o vasto território florestal que se estende desde a   Serra da Peneda   até à   Serra do Gerês .  Em Portugal abrange os distritos de   Braga   (concelho de   Terras de Bouro ),   Viana do Castelo   (concelho de   Melgaço ,   Arcos de Valdevez   e   Ponte da Barca ) e   Vila Real   (concelho de   Montalegre ), numa área total de cerca de 70 290 hectares, [ 2 ]   É recortado por dois grandes rios: o Rio Lima e o Cávado.  Esta região transfronteiriça oferece...

Camões-Poema, "Se Helena apartar do campo seus olhos" seguido de análise ideológica e formal

Notas prévias 

1. Este Blog é dedicado ao estudo da Literatura Portuguesa, segundo os programas do Ministério da Educação, para alunos pré-Universitários, numa coleção chamada:

"Aprender é fácil" 

2.A metodologia seguida consiste em perguntas teóricas seguidas das respetivas respostas. A parte prática consiste em testes com perguntas seguidas das respetivas respostas 

3. Já se encontra à venda, na Amazone, o Ebook da mesma autora deste Blog que se indica em baixo

Coleção
 Aprender é fácil

                      Contém 38 perguntas e as respetivas respostas  e 33 poesias com análise ideológica e formal

(Portuguese Edition) eBook Kindle

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POESIA LÍRICA DE CAMÕES

Luís de Camões, no séc. XVI enriquece, consideravelmente, a Poesia Medieval. As suas poesias já demonstram grande reflexão sobre temas que preocupam o Homem
A vida
O tempo
 O "desconcerto do mundo"
A mudança
O amor
A natureza
O Destino
A"Aurea Mediocritas"
A mulher amada
(...)



    Poema

 "Se Helena apartar do campo seus olhos"

Se Helena apartar
do campo seus olhos,
nascerão abrolhos.
 
voltas
 
A verdura amena,
gados que pasceis,
sabei que a deveis
aos olhos d' Helena.
Os ventos serena,
faz flores d' abrolhos
o ar de seus olhos.
 
Faz serras floridas,
faz claras as fontes...
Se isto faz nos montes,
que fará nas vidas?
Trá-las suspendidas,
como ervas em molhos,
na luz de seus olhos.
 
Os corações prende
com graça inumana;
de cada pestana
uma alma lhe pende.
Amor se lhe rende
e, posto em giolhos,
pasma nos seus olhos.
                         Luís de Camões

Sugestões de análise

Análise ideológica
 Tema
Exaltação da beleza e sedução dos olhos da mulher amada, Helena

Divisão em partes lógicas
Doze versos iniciais
 Efeitos positivos dos olhos de Helena sobre os animais
Nos "gados"
 A verdura que eles comem, só existe devido aos efeitos dos olhos de Helena: “A verdura amena,/ gados …/sabei que a deveis/ aos olhos de Helena”.

Efeitos positivos do olhar de Helena 
Na natureza
 Tornam os ventos mais calmos: “os ventos serena”
 Transformam as ervas daninhas (“abrolhos”) em flores: "faz flores de abrolhos”
As serras, que normalmente são áridas, surgem cheias de flores: “Faz serras floridas”
 Clarificam as fontes “faz claras as fontes”

Últimos versos
Abrem com uma interrogação retórica: “Se isto faz nos montes/ que fará nas vidas?”

Efeitos positivos do olhar de Helena sobre o ser humano
 Reflexão do sujeito poético para mostrar o efeito dos olhos de Helena sobre o ser humano

Traz as vidas suspensas: “como ervas em molhos / na luz dos seus olhos (…) de cada pestana/ uma alma lhe pende”
O próprio Amor (Cupido) se ajoelha, rendido, perante a magia do seu olhar: “Amor se lhe rende / e, posto em geolhos/ pasma nos seus olhos…”.

Recursos estilísticos

Para realçar os efeitos positivos da beleza dos olhos de Helena o sujeito poético utiliza

Adjetivação expressiva
 “faz serras floridas/ faz claras as fontes”

 Verbos no presente para transmitir maior realismo aos olhos da amada: “os corações pende (…) Amor se lhe rende(…) pasma nos meus olhos”.

Verbos no futuro para exprimir os efeitos desastrosos do eventual afastamento dos olhos de Helena “nascerão abrolhos (…) que fará nas vidas”

Hipérbole 
Exagera os poderes dos olhos de Helena: "de cada pestana/uma alma lhe pende”

 Personificação
 Na vassalagem que o Amor rende a Helena: “Amor se lhe rende/ e posto em giolhos,/ pasma nos seus olhos”.

Análise formal
Este poema pertence à fase em que Camões sofreu influência da poesia do Cancioneiro Geral,  de Garcia de Resende, pois está escrito sob a forma  de Vilancete, ou seja, é um poema constituído por um Mote de três versos
 seguido de três Glosas (ou voltas)
Cada Glosa é composta por sete versos 
Rima emparelhada e interpolada  
 Redondilha menor (5 sílabas) 

cilamatos

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