Um pouco da história da "Conquista espacial" ao longo dos tempos
Percorrer, conhecer e utilizar o espaço, além da atmosfera terrestre
Sonhos e realidade
A insatisfação natural do homem levou-o, desde muito cedo, a tentar desvendar o enigma dos fenómenos espaciais.
Já o homem das cavernas se interrogava acerca do universo para o qual, este, não passava de um teto azul com pontos brancos luminosos.
Até ao século XV os fenómenos espaciais explicavam-se através dos deuses e homens sobrenaturais. Mas o ser humano, como inato insatisfeito, procurou outras explicações que se tornassem mais lógicas e evidentes.
O desejo de viajar no espaço já nos é demonstrado por Júlio Verne, no seu livro “Viagem à Lua” que, na época em que foi publicado, nada mais era que uma ilusão tonta e motivo de riso.
No século XX, estes sonhos converteram-se em realidade: cientistas, filósofos e outros investigadores procuram explicações razoáveis que satisfaçam a insaciável curiosidade humana e, após a Segunda Guerra Mundial, muitos dos cientistas refugiados nos Estados Unidos, juntando-se aos seus colegas, começam a desenvolver um projeto espacial.
Na “corrida” às fronteiras do espaço encontravam-se, também, os cientistas da União Soviética. Os estudos que vinham a realizar alcançavam alguns sucessos e, eis que, em 1957, lançam em órbita o primeiro satélite artificial: o Sputnik 1 e nesse mesmo ano, o Sputnik 2 que leva o primeiro ser vivo a: Laika, uma cadela que morreu, depois de poucas horas no espaço.
Segue-se-lhe Gagarin que em 1961 “passeia”, pela primeira vez, fora da atmosfera terrestre!
Os Estados Unidos redobram os seus esforços para colocarem um homem na lua. O próprio Presidente, John Kennedy, chega a afirmar que os EUA serão a primeira nação a atingir este objetivo. Os cientistas empenham-se e surgem as primeiras missões que preparam a ida do homem á lua.
Nos finais de 1968 é lançada a Apollo 8, com 3 homens a bordo. Segue-se-lhe a Apollo 9, em 1969, igualmente com 3 tripulantes e que tinha a missão de permanecer em órbita e realizar o primeiro voo tripulado do módulo de descida.
Em maio, do mesmo ano, é lançada a Apollo 10-última missão de preparação da viagem à lua e que apenas voou em torno desta.
Finalmente é chegado o dia 16 de julho, de 1969. De Marrit Island, parte a Apollo 11 tripulada pelos famosos Armstrong, Alchin e Collins. É Armstrong quem, pela primeira vez em toda a história da humanidade, tem o privilégio de pisar solo lunar. O sonho de Júlio Verne tornava-se realidade! A Terra contemplava, extasiada, os pequenos passos que o Astronauta dava.
Atingida a meta mais difícil, os cientistas não pararam.
Algumas sondas espaciais são lançadas e transcendem as fronteiras do Sistema Solar, por exemplo, a sonda Pioneer 10, Lançada em 1972, foi a primeira a atravessar cinturão de asteróides e a aproximar-se de Júpiter.
Em 1976, a espaço nave americana Viking 1 é a primeira a pousar em Marte com êxito mostrando imagens do Planeta vermelho.
Entretanto outras tentativas têm sido executadas e em 2023 é lançado o Space Shutte, Columbia que não correu bem, (os sete astronautas que iam a bordo morreram).
E chegámos a 2024. Foi a hora das empresas privadas fazerem avançar a conquista espacial com civis a caminhar no espaço e com sucesso. A missão Polaris Dawn deu o primeiro passo com Jared Isaacman, a pilotar a nave e Sarah Gillis, engenheiro da SpaceX, de Elon Musk, que realizaram um pequeno passeio fora da cápsula Crew Dragon, a 700 km da superfície terrestre, no ponto mais alto da órbita atingido por humanos, em mais de 50 anos.
Todas estas sondas contribuem muito para o nosso entendimento do espaço além do Sistema Solar.
As viagens espaciais têm em comum vários objetivos: estritamente científicos (Conhecimento do que é exterior ao nosso planeta); industriais (fabricação no espaço de produtos impossível de obter na Terra); instalação de satélites de telecomunicações e estratégicos (desde a colocação em órbita de satélites espiões, ao estudo da possibilidade de colocação, no espaço, de sofisticados meios militares).
Espera-se, agora que o bom senso impere nos diversos governantes para que não deixem que o espaço se converta num imenso arsenal bélico que condicione e ameace o futuro do homem mas que, pelo contrário, todos estas conquistas sejam utilizadas na concretização de um futuro de maior justiça, liberdade e igualdade, contribuindo para a melhoria geral das condições de vida e para a anulação dos desequilíbrios sociais hoje existentes.
marfer/cilamatos
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