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Portugal - Parque Nacional da Peneda-Gerês

Nota O texto é da Wikipédia (adaptado) As fotos são pessoais e colocadas aleatoriamente O que é o Gerês? Trata-se de uma área protegida de Portugal  com autonomia administrativa, financeira e capacidade jurídica  criada no ano de 1971, no meio ambiente da Peneda-Gerês.  Situa-se no extremo norte de Portugal, na zona raiana entre   Minho ,   Trás-os-Montes   e a   Galiza . O seu perímetro territorial abrange todo o vasto território florestal que se estende desde a   Serra da Peneda   até à   Serra do Gerês .  Em Portugal abrange os distritos de   Braga   (concelho de   Terras de Bouro ),   Viana do Castelo   (concelho de   Melgaço ,   Arcos de Valdevez   e   Ponte da Barca ) e   Vila Real   (concelho de   Montalegre ), numa área total de cerca de 70 290 hectares, [ 2 ]   É recortado por dois grandes rios: o Rio Lima e o Cávado.  Esta região transfronteiriça oferece...

Almeida Garrett-Folhas Caídas-comentário crítico

- Relação eu poético / autor

- Modos de expressão literária (narração, diálogo, descrição...)

- Sentimentos / temas

- Inserção na corrente literária


“ Folhas  Caídas” foi o nome atribuído por Almeida Garrett à sua produção literária que evoca uma época da “sua vida íntima e recolhida”. Trata-se, de facto, de poesias onde o eu poético e autor se identificam, pois nelas perpassa um lirismo muito individualizado, muito pessoal, muito autêntico, visto que o sujeito poético transmite as próprias vivências do autor que ama como só pode amar um homem que se apaixona violentamente.

A musa inspiradora, de grande parte destes poemas, foi a sua amada - a Viscondessa da luz (D. Maria Montufar).  Daí que surjam com frequência referências a "Luz”; "Rosas”; "Lírio” como símbolos dessa relação eu/ tu (sujeito poético / autor e sua amada). De acordo com esta relação, eu / tu, surge também, frequentemente, um diálogo vivo cheio de realismo o que confere, a muitos dos seus versos, uma feição dramatizada. É  claro que, nesta espécie de diálogo, em tom coloquial, apenas se ouve a voz do poeta, mas não é difícil, ao recetor /leitor,  adivinhar o que as amadas lhe terão dito pois, às vezes, chega mesmo a repetir perguntas feitas por elas, como é o caso do poema, “Se estou contente querida / com esta imensa ternura / De que  me enche o teu amor?” e a que ele responde, “-Não. Ai não; falta-me a vida”. Igualmente indiciador de diálogo, entre os dois amantes, é o recurso ao travessão, sinal de pontuação indicador de discurso direto.

Garrett, ao  cantar o amor que viveu e como o  viveu, expõe  o que lhe brota espontaneamente do coração, deixa espraiar a corrente da consciência, em fulgurantes versos onde evidencia a causa do grande amor sensual, físico, erótico, real e que é o tema fundamental da sua coletânea – foram "os olhos ardentes" de uma mulher que fizeram nascer esse amor que ao mesmo tempo dá vida e tortura, o poeta, e o faz andar num, "inferno de amor”, que é toda a razão da sua vida, como ele expressa em, “Que fez ela? Eu que fiz: Não sei, mas nessa hora a viver comecei”. O amor é, portanto, o lenitivo da sua vida, mas também da sua morte, pois em, “Destino”, afirma referindo-se, mais uma vez à mulher amada, “Em ti só sei viver; / só por ti posso morrer”. Este amor é tão intenso que lhe consome o ser, sendo disso exemplo o poema,“Anjo és”, onde a mulher amada é, por um lado o Anjo que o domina, “Anjo és tu... que me domina / Teu ser  o meu ser sem fim” e, por outro demónio, “Em nome de quem vieste? / De Jeová ou Belzebu?”.

Este conceito de mulher fatal, que  desperta no sujeito poético o amor sensual, que o abarca na totalidade, culmina em poemas como, “os cinco sentidos”, onde deixa transparecer que o seu mundo interior está todo centrado na mulher amada - todos os seus sentidos convergem para ela, “ A ti! Ai a ti só meus sentidos / Todos num confundido / sentem, ouvem, respiram (...) A minha vida em ti”.

Do exposto parece não ser difícil poder concluir-se que o estilo desta coletânea se caracteriza pela sinceridade e pelo realismo emotivo, pois os seus versos revelam um coração que ama deveras e não tem vergonha de o confessar aos seus leitores, o que confere à sua produção literária um espírito inovador que se verifica igualmente na estrutura externa – Garrett não canta a mulher que se adora, como o faziam os seus antecessores – Árcades, mas essencialmente a mulher que se deseja. Abandona, também, os versos de 10 sílabas substituindo-os pelos de redondilha. Para dar mais beleza e expressividade à corrente da consciência, o poeta utiliza além dos recursos já exemplificados: aliterações, rimas intermédias, alternância de versos longos com versos curtos que produzem impressionantes efeitos musicais.

Todas as características apontadas conduzem à corrente literária em que se inserem as “ Folhas Caídas”- o romantismo.

                                                                    marfer/cilamatos


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