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Mensagens

Portugal - Parque Nacional da Peneda-Gerês

Nota O texto é da Wikipédia (adaptado) As fotos são pessoais e colocadas aleatoriamente O que é o Gerês? Trata-se de uma área protegida de Portugal  com autonomia administrativa, financeira e capacidade jurídica  criada no ano de 1971, no meio ambiente da Peneda-Gerês.  Situa-se no extremo norte de Portugal, na zona raiana entre   Minho ,   Trás-os-Montes   e a   Galiza . O seu perímetro territorial abrange todo o vasto território florestal que se estende desde a   Serra da Peneda   até à   Serra do Gerês .  Em Portugal abrange os distritos de   Braga   (concelho de   Terras de Bouro ),   Viana do Castelo   (concelho de   Melgaço ,   Arcos de Valdevez   e   Ponte da Barca ) e   Vila Real   (concelho de   Montalegre ), numa área total de cerca de 70 290 hectares, [ 2 ]   É recortado por dois grandes rios: o Rio Lima e o Cávado.  Esta região transfronteiriça oferece...

Fernão Lopes: O papel do historiador: imparcialidade

Este é o nosso blog   www.oslusiadastudoanalisado.blogspot.com Mas também temos eBooks à venda, na Amazon Coleção  Aprender é fácil      (Portuguese Edition) eBook Kindle por Cila Matos (Author) Estes eBooks são constituídos por inúmeras perguntas teóricas  e por vários testes sempre seguidos de sugestões de respostas    - Foi a maior personalidade da literatura medieval portuguesa (Nasceu entre 1380 / 1390) - Foi escrivão e cronista oficial do reino de Portugal e o 4.° guarda-mor da Torre do Tombo  O papel do historiador segundo Fernão Lopes Imparcialidade - Para este Grande Cronista o  mais importante não é a “formosura” e novidade das palavras, mas a verdade dos factos que narra. O papel do historiador segundo os cronistas anteriores a Fernão Lopes Parcialidade -  Eram parciais, ou seja, não contavam toda a verdade dos factos sobre os quais escreviam: exageravam os aspetos positivos e omitiam ou diminuíam os negativos. Fernão Lop...

Antóni Ferreira: "Ó alma pura enquanto cá vivias"- poema e sugestões de análise

Poeta português do séc. XVI  Poema   (À morte da esposa) Ó alma pura enquanto cá vivias, Alma, lá onde vives, já mais pura, Porque me desprezaste? Quem tão dura Te tornou ao amor que me devias? Isto era o que mil vezes prometias, Em que minha alma estava tão segura? Que ambos juntos Da hora desta escura Noute nos subiria aos claros dias? Como em tão triste cárcer' me deixaste? Como pude eu sem mi deixar partir-te? Como vive este corpo sem sua alma? Ah! que o caminho tu bem mo mostraste, Porque correste à gloriosa palma! Triste de quem não mereceu seguir-te!   Sugestões de análise O poeta transmite com intensidade a dor provocada pela morte da amada. O sujeito poético, em solilóquio, dirige-se, angustiadamente, àquela que partiu para o mundo que a merecia, faltando ao compromisso que com ele fizera de partirem juntos. Ele, porém, não pôde acompanhá-la porque não tinha a riqueza espiritual dela.  Este soneto diviniza a mulher amada.

Fernão Lopes -Visão da realidade histórica / Originalidade / Estilo

Escritor português  Data provável do seu nascimento: entre 1380 e 1390 - A maior grandeza de Fernão Lopes deve-se à sua visão multifacetada dos aspetos coletivos da vida nacional; - O seu discurso é original, consiste num fantástico estilo coloquial a que ele próprio chama “falamento”.  Fernão Lopes trava uma espécie de diálogo com os seus leitores pois faz-lhes perguntas; usa exclamações; apela à sua imaginação e simpatia; - A sua originalidade revela-se também, muito particularmente, na composição das crónicas: Fernão Lopes procurou ordenar a matéria em grandes conjuntos animados: * As personagens coletivas * O povo é a personagem principal e pelo qual mostra enorme simpatia - Para atingir os seus objetivos o cronista serviu-se de vários recursos: * Capítulos inteiros dedicados a relatar o estado de espírito do povo português quando os castelhanos invadiram Portugal Exemplos * a esperança de que a frota castelhana fosse derrotada;  * o medo da vitória dos castelhanos; *...

Fernão Lopes - Caraterísticas da sua obra

  Contributo de Fernão Lopes para o enriquecimento da prosa medieval Caraterísticas inovadoras A obra de Fernão Lopes representa um grande avanço em relação à historiografia medieval anterior a ele: - Assimila as tradições dos cronistas anteriores, mas enriquece-as e, por isso, foi considerado o primeiro prosador português de quem se pode dizer que “o estilo individualiza o homem”; - Narra os acontecimentos com muitos pormenores; - Imprime visualismo; - Marcas de subjetividade: apresenta comentários pessoais aos acontecimentos  sobre os quais escreve; - Enquanto os cronistas anteriores normalmente só relatavam a corte e a sua vida íntima (bodas, intrigas e conjuras palacianas), Fernão Lopes foca toda a sociedade portuguesa do séc. XIV e XV - A par dos acontecimentos da corte são múltiplos os aspetos da vida que ele refere: * o interior das cortes com os seus tipos psicológicos; * a praça pública movimentada e ruidosa, percorrida por enchentes humanas; * o acampamento da batalh...

Aquele claro sol, poema de António Ferreira e sugestões de análise

Poeta português do séc. XVI  Poema Aquele claro sol, que me mostrava o caminho do céu mais chão, mais certo, e com seu novo raio, ao longe, e ao perto, toda a sombra mortal m'afugentava, deixou a prisão triste, em que cá estava. Eu fiquei cego, e só, c'o passo incerto, perdido peregrino no deserto a que faltou a guia que o levava. Assi c'o esprito triste, o juízo escuro, suas santas pisadas vou buscando por vales, e por campos, e por montes. Em toda parte a vejo, e a figuro. Ela me toma a mão e vai guiando, e meus olhos a seguem, feitos fontes.                                     António Ferreira   Sugestões de análise António Ferreira perdeu a sua mulher, Maria Pimentel, e em alguns poemas, como o que temos presente,  neste poema, revela-nos seu mundo de agonia por essa perda. O sujeito poético faz realçar a intensidade do seu sofrimento através da insegurança com que caminha no des...

Quando entoar começo...Poema de António Ferreira e sugestões de análise

António Ferreira Escritor português do séc XVI Quando entoar começo com voz branda Vosso nome d'amor, doce, e suave, A terra, o mar, vento, água, flor, folha, ave Ao brando som se alegra, move, e abranda. Nem nuvem cobre o Céu, nem na gente anda Trabalhoso cuidado, ou peso grave, Nova côr toma o Sol, ou se erga, ou lave No claro Tejo, e nova luz nos manda. Tudo se ri, se alegra, e reverdece. Todo mundo parece que renova. Nem ha triste planeta, ou dura sorte. A minh'alma só chora, e se entristece . Maravilha d' Amor cruel, e nova! O que a todos traz vida, a mim traz morte. Sugestões de análise Soneto da natureza essencialmente petrarquista. O sujeito poético enaltece a amada através da repercussão que tem o simples facto de pronunciar “o seu nome de amor” sobre a natureza em geral e até sobre os homens. No entanto há uma exceção -  enquanto, na natureza e nos homens, acontecem coisas maravilhosas ao som desse nome, por antítese a  ele traz-lhe imenso sofrimento. A natureza (...

Poema: "Aqueles olhos qu' eu deixei chorando" do autor António Ferreira e sugestões de análise

António Ferreira poeta português do séc. XVI Poema Aqueles olhos, qu'eu deixei chorando, Cujas fermosas lágrimas bebia Amor, com as suas tendo companhia, Ante os meus se me vão representando. Os saudosos suspiros, qu'arrancando Duas almas, em qu'üa troca Amor fazia, Qu' a que ficava, era a que partia, E a que ia, a ficava acompanhando. Aquelas brandas, mal pronunciadas Palavras da saudosa despedida Entre lágrimas rafas, e quebradas, E aquelas alegrias esperadas Da boa tornada, já antes da partida, Vivas as trago, não representadas.   Sugestões de análise Tema Duas almas torturadas pela despedida. Desenvolvimento  O sujeito poético evoca a hora da despedida: a separação da sua amada e transmite os efeitos que é saudade provocou em ambos: choraram os dois: “deixei chorando (...) fermosas lágrimas (...) com as suas tendo companhia”. A identificação dos dois amantes, um com o outro, é tão forte que há uma transposição de um no outro (tal como em Camões:” transformou-se o am...