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The Voice Portugal-Coimbra tem mais um troféu

D'Anto É o grupo de fados da Universidade de Coimbra que acaba de ganhar o concurso: The Voice Portugal (24/08/2025) Foto retirada da internet ______//___________//______ Se gostas de literatura portuguesa, talvez te interesse comprar  os ebooks marfer/cilamatos

Camões lírico: "Aquela triste e leda madrugada", poema e sugestões de análise

Luís Vaz de Camões foi uma poeta português (Poderá ver a sua biografia neste blog)  Aquela triste e leda madrugada, cheia toda de mágoa e de piedade, enquanto houver no mundo saudade quero que seja sempre celebrada. Ela só, quando amena e marchetada saía, dando ao mundo claridade, viu apartar-se de üa outra vontade, que nunca poderá ver-se apartada. Ela só viu as lágrimas em fio, de que uns e outros olhos derivadas se acrescentaram em grande e largo rio. Ela viu as palavras magoadas que puderam tornar o fogo frio, e dar descanso às almas condenadas. Camões Sugestões de análise Este poema pode dividir-se em duas partes lógicas. A primeira corresponde à 1ª quadra e consiste na apresentação da personagem principal e na sua descrição: uma madrugada. A madrugada é caraterizada como sendo alegre, mas simultaneamente triste:"triste e leda" e  apresenta sentimentos de "mágoa e piedade". Para dar à madrugada estas caraterísticas de ser humano o sujeito poético recorreu à per...

Camões lírico, "Verdes são os campos" poesia e sugestões de análise

Nota prévia Queres aprender facilmente a analisar textos literários ? Segue este blog.  Aqui vais encontrar os escritores dos programas Pré-Universitários, perguntas e sugestões de respostas, testes também com perguntas e sugestões de respostas ...   Já tens à venda na Amazon o e-boock seguinte Coleção   Aprender é fácil                         Contém 38 perguntas e as respetivas respostas  e 33 poesias com análise ideológica e formal (Portuguese Edition)  eBook Kindle por  Cila Matos   (Author)   cilamatos é o pseudónimo de Mª Licínia Matos  Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português e Francês) pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal ___________________//_______________________//___________________________ E, agora, vamos lá aprender mais um pouco sobre a poesia de Camões Mote Verdes são os campos, De cor de limão: Assim são os olhos Do m...

Bocage, "Camões, grande Camões, quão semelhante" . Poema e sugestões de análise

Bocage: escritor português Camões, grande Camões, quão semelhante Acho teu fado ao meu, quando os cotejo! Igual causa nos fez, perdendo o Tejo, Arrostar co'o sacrílego gigante; Como tu, junto ao Ganges sussurrante, Da penúria cruel no horror me vejo; Como tu, gostos vãos, que em vão desejo, Também carpindo estou, saudoso amante. Ludíbrio, como tu, da Sorte dura Meu fim demando ao Céu, pela certeza De que só terei paz na sepultura. Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!... Se te imito nos transes da Ventura, Não te imito nos dons da Natureza. Bocage Sugestões de análise Tema O tema é a comparação da vida do sujeito po ético com a vida de Camões, feita pelo próprio Bocage. Divisão em partes lógicas Podemos dividir o poema em duas partes lógicas, separadas pela adversativa "mas" que marca a oposição entre as duas. Na primeira parte (duas quadras, 1º terceto e segundo terceto até " Mas, oh... ", o eu lírico compara a sua vida com a de Camões concluindo que entre amb...

Bocage, "Importuna Razão, não me persigas", poema seguido de sugestões de análise

Manuel Maria Barbosa du Bocage foi um poeta português representante do arcadismo lusitano. Importuna Razão, não me persigas; Cesse a ríspida voz que em vão murmura; Se a lei de Amor, se a força da ternura Nem domas, nem contrastas, nem mitigas; Se acusas os mortais, e os não abrigas, Se (conhecendo o mal) não dás a cura, Deixa-me apreciar minha loucura, Importuna Razão, não me persigas. É teu fim, teu projecto encher de pejo Esta alma, frágil vítima daquela Que, injusta e vária, noutros laços vejo. Queres que fuja de Marília bela, Que a maldiga, a desdenhe; e o meu desejo É carpir, delirar, morrer por ela. Bocage Sugestões de análise O soneto constrói-se  em torno de duas forças que se opõem e se relacionam. São elas: a razão e o sentimento. A razão é caraterizada como "Importuna"; agressiva("ríspida voz") e fraca, porque acusa, mas não dá a resolução para os problemas que levanta:"em vão murmura(...) se a força da ternura/nem domas, nem contrastas, nem mitigas...

Bocage - Biografia

  O poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage é de origem portuguesa: nasceu em Setúbal no dia 15 de setembro de 1765. Até aos 10 anos estudou em casa com a ajuda da mãe e professores particulares Aos 10 anos ficou sem mãe e a sua educação foi confiada aos cuidados de um padre espanhol que lhe ensinava latim. O pai ensinava língua francesa Aos 16 anos  alistou-se voluntário no regimento de infantaria de Setúbal Aos 18 anos foi para Lisboa para a companhia de guarda-Marinhas Desde muito novo que revelou o seu espírito mundano e boémio Dotado de grande poder de improvisação e por um mordaz espírito crítico já tem fama , em Lisboa, de poeta Aos 21 anos embarcou para a Índia (esteve no Rio de janeiro, Goa, Damão, Macau em cuja viagem sofreu um naufrágio) Em 1790 (quase com 25 anos) é reenviado de Macau para Portugal pelo próprio Governador De novo em Lisboa volta à boémia desregrada e vive da caridade dos amigos, mas continua a escrever Um ano depois publica a 1ª edição das "Rimas" e ...

Bocage: poema "Fiei-me nos sorrisos da ventura" e sugestões de análise

  Fiei-me nos Sorrisos da Ventura Fiei-me nos sorrisos da ventura, Em mimos feminis, como fui louco! Vi raiar o prazer; porém tão pouco Momentâneo relâmpago não dura: No meio agora desta selva escura, Dentro deste penedo húmido e ouco, Pareço, até no tom lúgubre, e rouco Triste sombra a carpir na sepultura: Que estância para mim tão própria é esta! Causais-me um doce, e fúnebre transporte, Áridos matos, lôbrega floresta! Ah! não me roubou tudo a negra sorte: Inda tenho este abrigo, inda me resta O pranto, a queixa, a solidão e a morte.                                           Bocage, in 'Rimas' Tópicos para ajudar na aná lise do poemas 1. Divisão do texto em parte lógicas e assunto de cada uma delas 1ª parte A primeira quadra que revela a frustração amorosa do sujeito poético perante a efemeridade do prazer. 2ª parte Segunda quadra e primeiro terceto Descrição do cenário onde s...

Bocage, estudo do poema "Os garços olhos, em que Amor brincava"

Os garços olhos, em que o Amor brincava Os rubros lábios, em que o Amor se ria,  As longas tranças, de que o Amor pendia,  As lindas faces, onde Amor brilhava;  As melindrosas mãos, que Amor beijava,  Os níveos braços, onde Amor dormia,   Foram dados, Armândia, à terra fria,  Pelo fatal poder que a tudo agrava. Seguiu-te Amor ao tácito jazigo,  Entre as irmãs cobertas de amargura. E eu que faço ( ai de mim ! ) como não sigo?  Que há no mundo que ver, se a formosura,  Se Amor, se as Graças, se o prazer contigo  Jazem no eterno horror da sepultura ?                          Manuel Maria Barbosa du Bocage  Ajuda para a interpretação do poema 1. Síntese das ideias fundamentais O eu lírico enumera os raros dotes da beleza da sua amada e esta (Armânia), diz-lhe que, por fatalidade,  todos os seus dotes jazem sepultados com ela na terra fria, em companhia do amor e ...